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Nossa história

A luta pela representação: a história do Sindicato dos policiais civis do Rio de Janeiro

Até 4 de outubro de 1988, os policiais civis pouco podiam reivindicar seus direitos. Greves ou manifestações eram ainda mais impensáveis. Isso não se dava por falta de amparo legal, já que o ordenamento jurídico da época não proibia expressamente essas ações. 

Embora fosse permitida a criação de associações policiais, a organização em sindicatos era proibida para policiais e militares, restrição que, para os militares, persiste até hoje. Além disso, o Estado podia fiscalizar, interferir e até intervir nas entidades sindicais.

Mesmo que não fosse proibido por lei, a ideia de um sindicato de policiais civis era inimaginável, devido ao regime autoritário iniciado em 1964, que só começaria a se dissipar em 1984 com a campanha “Diretas Já”. A redemocratização culminou na promulgação da “Constituição Cidadã”, em 5 de outubro de 1988, garantindo direitos individuais e coletivos.

Até então, os policiais civis só podiam se organizar em associações, mas sem o objetivo de reivindicar direitos. Porém, a partir de 1988, tudo mudaria. 

A nova Constituição estabeleceu, em seu artigo 8º, a liberdade de associação sindical e atribuiu aos sindicatos a defesa dos direitos e interesses da categoria, incluindo questões judiciais e administrativas.

No mesmo dia, a Associação Policial Circuito Fechado, sediada em Copacabana, Rio de Janeiro, realizou uma assembleia extraordinária e decidiu se transformar em sindicato. Nascia, assim, o primeiro Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro, o SINDIPOL/RJ, tendo como primeiro presidente o detetive Adalberto Mendes de Britto, conhecido como “Formiga”.

O SINDIPOL/RJ foi oficialmente registrado em 7 de julho de 1989, tornando-se a primeira entidade sindical a representar policiais civis no estado. No entanto, com a morte de Adalberto, em 1993, o sindicato entrou em declínio e ficou inativo devido à vacância de sua diretoria.

Durante esse período de inatividade, surgiram outros dois sindicatos: o SINPOL, em 1993, representando os funcionários da polícia civil, e o SINDELPOL, em 1996, voltado aos delegados de polícia. Paralelamente, outras associações policiais continuaram a existir, como a ADEPOL RJ e a COLPOL RJ.

Apesar da inatividade, o SINDIPOL-RJ manteve sua existência jurídica até ser reativado em 12 de janeiro de 2007, por uma Junta Governativa. Logo após sua reativação, uma assembleia geral extraordinária, em 19 de dezembro de 2007, decidiu alterar o nome da entidade para SINDPOL RJ – Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro, buscando modernidade e adequação.

O SINDPOL RJ manteve o mesmo CNPJ da antiga entidade, já que apenas o nome foi modificado, e não sua natureza jurídica. Em 2009, a nova diretoria foi eleita e o sindicato consolidou sua atuação, mudando-se, em 2010, para uma nova sede no Centro do Rio de Janeiro, para melhor atender seus filiados.

Desde então, o SINDPOL RJ continua a ser a entidade representativa dos policiais civis do Rio de Janeiro, atuando com base na legalidade e na defesa dos direitos da categoria.

O objetivo do SINDPOL RJ é construir uma Polícia Civil mais profissional, eficiente e consciente de sua missão, com policiais devidamente amparados por um sindicato forte e atuante.

Aos que duvidam dessa missão, pedimos apenas um voto de confiança, lembrando das palavras inspiradoras de Franklin Delano Roosevelt: “A única coisa que devemos temer é o próprio medo”, e de Martin Luther King: “O que mais preocupa é o silêncio dos bons”.

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